Painel Eletrônico

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Falta de chuvas deve prejudicar geração de energia no Brasil, diz Abrage


Se as chuvas não retornarem ao nível normal no Brasil até o fim de janeiro, será preciso acender o “sinal amarelo” das geradoras de energia. Foi o que previu, nesta segunda feira (7), o presidente da Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Flávio Neiva.
Segundo ele, o governo terá que tomar sérias providências, caso o volume das chuvas continue abaixo do normal para o mês, que costuma ser o mais úmido do ano no Brasil. "Isso não quer dizer que haverá racionamento. Há outras medidas para serem adotadas pelo lado da demanda, como o despacho de térmicas mais caras, uso de gás", citou.
As alternativas, porém, segundo o executivo, têm custo elevado e podem causar impacto nas tarifas. “O que acontecer em janeiro em termos de hidrologia vai definir a condição do sistema", frisou Neiva, que ainda colocou em dúvida o futuro da medida prometida pela presidente Dilma Rousseff, que garante o corte de 20,2% nas contas de luz.
Segundo ele, o cumprimento da proposta já foi prejudicado pelo uso das térmicas, decorrente da falta de chuvas. O presidente da Abrage explicou que, se de um lado a energia gerada pelas hidrelétricas ficará mais barata, o uso intensivo das usinas térmicas irá elevar o custo da eletricidade.
O Tesouro Nacional já se prontificou a desembolsar de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões para assegurar a redução da tarifa mas, de acordo com Neiva, não será o bastante. “Nem mesmo a ajuda dos cofres federais será suficiente para garantir a redução”, disse. “Eu duvido que o governo vá subsidiar o uso de combustíveis. É coisa de uns R$ 500 milhões a R$ 600 milhões por mês", calculou. (Fonte: Agência Estado).